André Jatobá foi preso na sexta-feira (Foto: Redes sociais e Polícia Civil-BA) |
A operação da Polícia Civil contra o vice-prefeito foi deflagrada a partir de investigações sobre “diversos crimes” praticados por André Jatobá contra sua ex-mulher. Os policiais precisaram arrombar a porta da casa do vice-prefeito, que não estava respondendo aos chamados. Foram encontradas armas no guarda-roupas, em sacolas, cofres e até embaixo do colchão da cama de André. Um dos cofres precisou ser aberto com um maçarico.
Ao todo, foram apreendidos três pistolas, duas réplicas de arma de fogo, oito carregadores, 769 munições, 20 cartuchos deflagrados, três bananas de dinamites, um explosivo artesanal, carregadores, um porta carregador e dois coldres. Também havia na casa do vice-prefeito grande quantidade de drogas, como cocaína, ecstasy, MDMA, maconha e haxixe.
Na decisão assinada neste sábado, o juiz Carlos Roberto Silva Junior considerou que “ante a periculosidade concreta das condutas apuradas”, a conversão da prisão em preventiva se faz necessária.
“A existência de substâncias ilícitas em diversidade e quantidade consideráveis, em conjunto com armas de fogo, munições e explosivos possuídos ilegalmente pelo preso, evidenciam modus operandi de quem se dedica a atividades criminosas e firma a convicção da ineficiência de medidas diversas da custódia cautelar para evitar a reiteração do comportamento criminoso. (...) Entendo ser grande o risco de o agente praticar novos crimes se for colocado em liberdade, o que possibilita a invocação da preservação da ordem pública como fundamento autorizador da prisão preventiva”, escreveu o magistrado.
André Jatobá já havia sido alvo de mandados de prisão preventiva anteriormente. Sua defesa alegou, ao pedir a liberdade do vice-prefeito, que o político é pai de três filhos. O juiz que analisou o caso, porém, considerou que “não há a mínima prova” de que André seja o único responsável por seus filhos e que “mera paternidade não pode servir de salvo-conduto para a prática de crimes”. (O Globo)