Os salva-vidas de Itacaré, no sul da Bahia, decidiram na noite desta segunda-feira, 12, manter a greve iniciada no dia 10 de dezembro. A medida foi tomada durante reunião da categoria realizada na Colônia de Pescadores Z-18, com a participação de 38 dos 40 profissionais que atuam no município. Eles reivindicam melhorias nas condições de trabalho e reajuste salarial. Entre as exigências estão a aquisição de boias salva-vidas, uniformes, coletes, nadadeiras, kits de primeiros socorros, bandeiras e apitos, além do auxílio alimentação, 40% de insalubridade e anuência por tempo de serviços. Na manhã desta segunda, a turista Mirian Santos de Jesus, de 40 anos, morreu após tentar salvar a filha e uma sobrinha, que haviam sido arrastadas pela correnteza na Praia da Costa. Ela conseguiu resgatar as duas meninas, mas ingeriu muita água e morreu a caminho da Fundação Hospitalar de Itacaré. Apesar do acidente, os profissionais decidiram prosseguir com a paralisação e culpam a prefeitura pelo descaso que causou a morte da turista.