Ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou ontem, por unanimidade, o relatório que aponta prejuízo de US$ 792,3 milhões à Petrobrás pela compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, e isenta a responsabilidade a presidente Dilma Rousseff, que presidia o conselho de administração da estatal na época em que o negócio foi aprovado, em 2006.Para o TCU, os possíveis responsáveis pelo prejuízo são o ex-presidente da Petrobrás José Sérgio Gabrielli, o ex-diretor internacional Nestor Cerveró e o ex-diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa, alvo da Polícia Federal na Operação Laja Jato, e outros dirigentes da estatal. O tribunal, porém, não foi acertivo quanto à culpa dos ex-dirigentes. Os 11 tiveram os bens bloqueados até que os ministros da corte cheguem a uma conclusão a respeito das responsabilidades. Isso ocorrerá numa nova fase do julgamento do processo. Se confirmadas as culpas, o tribunal pedirá que os ex-dirigentes ressarçam os cofres público pelo prejuízo. Gabrielli, Cerveró e Costa cumpunham a cúpula, segundo o tribunal, que produziu documentos para embasar a aprovação da compra de Pasadena pelo conselho de administração. O ministro José Jorge, autor do relatório acatado por seus colegas, disse que não incluiu os integrantes do conselho entre os possíveis responsáveis porque, “neste momento”, quer focar a investigação nas “pessoas que realmente fizeram o negócio” com a empresa Astra, de origem belga. (Estadão)