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A presidente Dilma Roussef sancionou ontem (19) a lei de autoria do deputado federal ArthurOliveira Maia (SD/BA) que declara como raça nacional o cavalo Mangalarga Marchador. A sanção foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 20. “Por se constituir uma criação brasileira, a raça Mangalarga Marchador precisa do apoio do poder público para manter suas características singulares preservadas e transmitidas às gerações vindouras”, defende o parlamentar.
De acordo com o Centro de Economia Aplicada da Universidade de São Paulo, o mercado brasileiro de cavalos movimenta cerca de R$ 8,5 bilhões por ano, o que representa, aproximadamente, 25% do Produto Interno Bruto (PIB), proporcionando 3,2 milhões de empregos diretos e indiretos. O mercado de cavalos é muito amplo e o setor da equinocultura se destaca na economia do País. Envolve funcionários capacitados, veterinários, caminhões para frete, celarias, alimentação, remédios e muito mais. Têm ainda espaços como centro de treinamento para animais de competição.
Uma curiosidade é que a indústria do cavalo representa seis vezes o que emprega a indústria automobilística no país. Conforme estudos levantados pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e a Alimentação (FAO), o planeta possui, atualmente, mais de 50 milhões de cabeças de cavalos. A liderança pertence aos Estados Unidos (EUA) com cerca de 10 milhões, enquanto o Brasil ocupa o quarto lugar com mais de 6 milhões.
RAÇA SEDIMENTADA
O Mangalarga Marchador, que integra a história do país desde o Brasil-Colônia, é considerada a raça de equinos mais sedimentada e evoluída no País, ocupando papel de destaque na cultura nacional. São trinta mil criadores no Brasil e em mais seis países da Europa e EUA. Desse total, sete mil são associados, formando a maior associação de equinos da América Latina, com 520 mil animais registrados em 57 núcleos nacionais, 25% deles no Nordeste.De acordo com a Diretoria da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador, o patrimônio em equinos da raça no Brasil é de aproximadamente R$5 bilhões e os haras/fazenda destinados a manter esse rebanho movimentam mais de R$10 bilhões. (ASCOM Dep. Arthur Maia)
