'Tribunal de Justiça da Bahia é o pior do Brasil', diz corregedor-geral do CNJ sobre corrupção

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Foto: Niassa Jamena / Bahia Notícias

A corrupção no judiciário baiano foi o principal tema debatido na abertura do processo de correição (inspeções realizadas para detectar irregularidades) instaurado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), nesta segunda-feira (5). 

“É preciso varrer a imagem de corrupção do Tribunal”, disse o corregedor-geral do CNJ, ministro Francisco Falcão, que classificou o órgão como o pior de todo o país, devido as graves denúncias de corrupção, de improbidade, de nepotismo cruzado, entre outras. Durante o evento também foram levantadas questões sobre a falta de pessoal nos cartórios e a situação irregular de postos de registro de nascimento dentro de maternidades. As inspeções durarão cinco dias. 

Presidente do TJ-BA justifica falta de concursos
Foto: Niassa Jamena
Ao ser perguntado sobre ter adjetivado o TJ-BA como o pior do país, Falcão ressaltou que o objetivo da correição é justamente sanar os problemas que implicam essa condição. Para ele, o papel das verificações não é somente disciplinar, mas também de instrução. “A correição tem um papel orientador só irá haver punição se ficar comprovado que houve corrupção”, declarou. No entanto, o ministro não quis dar mais detalhes sobre os casos que serão investigados e preferiu só tecer comentários depois de finalizada a correição. 

O presidente do TJ-BA, Mário Alberto Hirs, também falou sobre os casos de práticas ilícitas e comentou a dificuldade que envolve a resolução dos casos. “Se eu sou corrupto e você é corrupto eu vou estabelecer um pacto com você, nós dois somos criminosos e por isso é difícil pegar o corrupto. Existe esse pacto implícito na relação”, avaliou.

 

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