Uma vaca clonada por cientistas argentinos com genes bovinos e humanos começou a produzir leite similar ao humano como forma de contribuir na luta contra a mortalidade infantil, informou nesta segunda-feira (11), a universidade responsável pelos estudos.
Pesquisadores da Universidade Nacional de San Martín (Unsam) e do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta) inseriram dois genes humanos codificadores de duas proteínas presentes no leite humano em “Issa”, uma vaca clonada no ano passado.
As proteínas são lactoferrina e a lisozima, incorporadas no DNA da vaca, também conhecida como “Rosinha”. “Esta é uma maneira de contribuir com a luta contra a mortalidade infantil, já que uma proteína permite evitar doenças infecciosas do aparelho digestivo e evitar anemia nos recém-nascidos”, explicou o reitor da Unsam, Carlos Rota.
De acordo com o investigador Germán Kaiser, do Grupo de Biotecnologia da Reprodução do Inta, a pesquisa não pretende substituir o vínculo mãe-filho durante a lactação, mas é destinada aos bebês que, por distintas razões, não têm acesso ao leite de suas mães, acrescentou.