Se anuncia como repleto de desafios o ano que se nos descortina hoje. Para o Brasil, 2012 se coloca como um ambiente onde se multiplicam as oportunidades e os riscos, frutos da combinação de fatores econômicos nos cenários local e internacional. Para a Bahia, o novo ano nos lembra dos problemas irresolvidos nos anos passados e cujos clamores por soluções já ultrapassam os limites do tolerável. Nosso País segue no caminho do entusiasmo por seu ritmo de crescimento. Apesar de apertado pelos efeitos da crise internacional em sua economia doméstica, onde um certo abatimento pelo estacionamento do PIB no terceiro trimestre do ano passado foi substituído pela empolgação produzida pelo anúncio (por conceituado centro de pesquisa inglês) que o Brasil estava superando a Grã-Bretanha e ocuparia a sexta posição no ranking das economias mais poderosas do planeta. O Brasil encara 2012 com otimismo justificado, mas seus líderes devem se cuidar para evitar a contaminação pelo vírus do ufanismo, pois nossas bases estruturais ainda padecem de muitas fragilidades que podem, em alguma curva dessa sinuosa ladeira ascendente, fazer nossa economia resvalar para fora da pista. Seguimos sofrendo de ancestrais problemas nos campos da educação, saúde, formação da mão de obra, segurança pública, infraestrutura e imensa desigualdade social. 2012 será decisivo para o aprofundamento de soluções para os velhos e novos problemas brasileiros. Na Bahia, muito temos que fazer em 2012, até porque acumulam-se gigantescos dramas, verdadeiras tragédias sem solução há anos, especialmente nos territórios da segurança pública, educação, infraestrutura e saúde. Mas todos torcemos para que 2012 se nos apresente como ano verdadeiramente novo, onde sonhos – enfim – se realizem.
Informações de Val Cabral