ARTIGO: "Mudança dos ventos"

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Salomão Afra
(Barrochense, Ex-aluno de Filosofia 
da UESC, Funcionário Público Federal)

Por Por AFRA, Salomão.

Na mania em que o Brasil desenvolveu em exaltar pessoas, muito da nossa história ficou perdida, ou escondida.  

A história não é feita por uma pessoa apenas. Neste exato momento todos nós fazemos a história, conscientes disso ou não, tomando atitudes ou se omitindo. Prova disso é que a Alemanha foi leniente e abraçou as ideias de |Hitler, que não eram ideias só dele, mas para poder exorcizar a desgraça provocada na II Guerra mundial, o escolheram como demônio. Stálin, tão miserável quanto ele, por ser aliado dos Estados Unidos na guerra, passou em branco.  

Recentemente o projeto em mudar os nomes de logradouros públicos que tramita em Porto Alegre, RS, poderia ser estendido ao resto do país. Aqui na Bahia mudaram o nome do Aeroporto 2 de Julho e da cidade Mimoso do Oeste, para Luís Eduardo Magalhães, homenageando o brilhante político que foi o filho do também finado ACM, mas que não é maior que o esforço e o sangue derramado pela independência da Bahia e que foi muito mais importante que a Inconfidência Mineira, que pelo próprio nome pode-se supor que era um monte de fuxiqueiros.  

Colocaram Tiradentes como mártir. E Maria Quitéria, foi o que, então? Anita Garibaldi saiu do Brasil como anônima da Farroupilha para ser heroína na Itália. Tiradentes era muito do covarde, pois há registros que ele não teria sido morto aqui no Brasil: picou a mula pra a Europa, como todo bom sacana que ferra com o Brasil, à exceção de Maluf, que se sair do país vai preso.  

Há um medo em deixar que se saiba que tanto você quanto eu fazemos a história, por isso colocam um escroto qualquer: ditador, traidor, ladrão, assassino. Mas nós, nunca! Até porque o povo não cabe na foto, né?


 

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