Polícia ficava com metade da renda do tráfico da Rocinha, diz Nem

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Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo
O jornal O Globo traz nesta sexta-feira (11) alguns detalhes do depoimento que o traficante Antônio Bonfim Lopes, conhecido como Nem, deu à Polícia Federal na madrugada de quinta-feira, após ser preso na Lagoa, bairro nobre do Rio de Janeiro, quando tentava deixar a favela da Rocinha. Segundo o jornal, Nem afirmou que gastava parte da renda do tráfico de drogas com assistencialismo (como compras de cestas básicas e construção de casas), mas que metade do que faturava ia parar nas mãos de membros da chamada “banda podre” das polícias Civil e Militar do Rio.  

O traficante deu detalhes, inclusive datas, de casos de extorsão. Ainda no depoimento, o criminoso afirmou que, devido às constantes extorsões, em alguns períodos seu faturamento era zero. (…) “Metade do dinheiro que eu ganhava era para o “arrego” (gíria para propina)”, afirmou Nem. (…) O delegado Victor Hugo Poubel, coordenador da Delegacia de Combate ao Crime Organizado da PF, garantiu que as informações passadas pelo bandido serão investigadas em inquérito.

 

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