A
Polícia Federal, em parceria com o setor de inteligência da Previdência
Social, deu início, às 6h desta quinta-feira (14), à Operação Radar,
que está indiciando suspeitos de fraudar concessões de benefícios do
INSS - Instituto Nacional do Seguro Social -, no município de Ilhéus,
sul da Bahia.
Pelo
menos 63 pessoas receberiam ilegalmente os benefícios desde 2003,
principalmente pensão por morte. Entre os suspeitos, segundo a polícia,
estão membros da tribo indígena Tupinambá hã hã hãe, da aldeia de Olivença. Duas pessoas já foram ouvidas, entre elas, uma cacique da tribo. Ninguém foi preso.
Segundo
o superintendente do INSS, André Fidelis, o prejuízo para a Previdência
Social é estimado em R$ 500 mil. De acordo com a delegada da Polícia
Federal, Denise Cavalcanti, as pessoas conseguiam o atestado de óbito
falso, entravam com o pedido no INSS e um funcionário facilitava os
procedimentos subsequentes.
A
polícia cumpriu cinco mandatos de busca e apreensão nesta manhã, sendo
quatro em residências e um na agência da Previdência Social, todos em
Ilhéus. Na operação, foram apreendidos desde documentos e solicitações
até carteira de trabalho.
Segundo
a delegada, os beneficiados do esquema irão responder por estelionato e
falsidade ideológica e podem pegar de um a seis anos de prisão. Os
funcionários da Previdência Social envolvidos no caso também responderão
processo administrativo.
Informações do G1