FONTE: Celso Rommel - ipiauonline
A reportagem do Rocha Noticias, atraves do Reporter Dig Moral e Celso Rommel, conferiu de perto o drama das famílias que sobrevivem dos lixões da região, destacando a situação no mínimo lamentável que pode ser constatada nos depósitos à céu aberto (a beira da BR-330) que pertencem aos municípios de Barra do Rocha e Ubatã.
A quantidade de lixo que chega ao local diáriamente é muito grande, atraindo famílias em situação de desemprego e extrema carência que vão até ali catar restos de alimentos, objetos ainda em condições de uso, plásticos, latas e garrafas que possam render algum dinheiro com a revenda.
O que realmente preocupa neste caso é a presença não só de adultos como também de crianças andando no meio dos dejetos, convivendo com ratos, baratas, urubus e, diáriamente, comendo restos de alimentos. Ou seja: se alimentando de lixo.
Após a promulgação de uma recente Lei Federal obrigando as prefeituras a providenciarem seus aterros sanitários e proibindo a formação de lixões em beira de estrada, os gestores dos pequenos municípios passaram a contar com um prazo para se adequarem e realizarem as obras previstas.
Falta dinheiro para construir aterros sanitários
O prefeito de Barra do Rocha, Jônatas Ventura, saudou a nova lei como positiva mas criticou o fato de que o Governo Federal não tenha disponibilizado nenhum recurso adicional para que os projetos possam ser iniciados. ” De onde um município com baixa arrecadação como Barra do Rocha vai tirar recursos para construir um aterro sanitário?” perguntou ele.
Fora da escola, em ambiente sujo e suscetíveis a inúmeras doenças, essas crianças são vítimas da situação de extrema carência de seus pais, muitos deles com sintomas de depressão e entregues ao alcoolismo.
Conforme o assessor de comunicação da prefeitura de Barra do Rocha, Hamilton Aleluia, existem casos em que os pais preferem não matricular seus filhos na creche pública do município para que os pequenos possam ajuda-los na coleta de lixo durante o dia, sob sol escaldante, às vezes até impedidas de exercer os direitos básicos da infância: brincar e estudar.