O governador Jaques Wagner (PT), através de sua coordenação de campanha, enviou ofício à União dos Municípios da Bahia (UPB) informando que não participaria de debate promovido pela entidade, no dia 11 de agosto, com transmissão da TV Aratu/SBT. A coligação do candidato petista informou que, no mesmo dia, havia agendado compromissos sem possibilidade de remanejamento. Para a oposição, o governador está fugindo do debate.
A primeira crítica veio do candidato ao governo pelo PMDB, Geddel Vieira Lima. "Wagner é fujão e considero o fato lamentável e um desrespeito aos prefeitos", declarou o candidato. O presidente do PMDB na Bahia, Lúcio Vieira Lima, considerou que o candidato petista demonstra que mudou completamente ao chegar ao governo. Ele ressaltou que, em 2006, Wagner criticava o então governador Paulo Souto (DEM) por fugir dos debates.
O coordenador da campanha petista e prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, resolveu também pegar pesado nas críticas. Ele disse que a UPB "é um aparelho do PMDB e o debate é uma amardilha de Roberto Maia (do PMDB, presidente da instituição e prefeito de Bom Jesus da Lapa) para desgastar Wagner". Segundo Caetano, a UPB está montando um debate "para levar a claque deles" e desgastar a imagem do candidato. "Realmente o governador não deve ir", considerou o petista.
Em resposta, o presidente da UPB, Roberto Maia, lamentou a desistência de Wagner e refutou qualquer possibilidade de parcialidade no debate. "Fazemos uma administração com base na lisura", disse. Já o líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Heraldo Rocha (DEM), disse a decisão de Wagner "ratifica a sua falta de compromisso com um pilar básico da democracia que é o debate de ideias". Segundo o democrata, Wagner tem medo de enfrentar "as birutas de aeroporto", forma jocosa com a qual o governador se referiu à oposição em 2009.
FONTE: DAVI LEMOS (Direto de Salvador)